Data: 24/04/2020 - Professora: Gilda Mendes - Disciplina: História - Conteúdo: Revolução Francesa
Bom dia! Alunos a partir de hoje iniciaremos o estudo da Revolução Francesa. Como é um conteúdo extenso vamos começar a estudar a primeiro Revolução Francesa, porque houve? como estava a situação da população? Lembre-se que revolução significa MUDANÇA, TRANSFORMAÇÃO e depois A Era Napoleônica.
Selecionei videos sobre Revolução Francesa prestem atenção, não entendeu de primeira vejam novamente e o texto para que fique mais fácil a compreensão de vocês, se tiverem alguma dúvida pergunte.
A Revolução Francesa,
que ocorreu no ano de 1789, é o evento que, segundo alguns autores,
inaugura a chamada Idade Contemporânea. Os historiadores do século
XIX, que fizeram a linha divisória da História, imputaram a este acontecimento
o caráter de marco divisor entre a Idade Moderna e a Contemporânea, por conta
da radicalização política que o caracterizou. Para se entender a Revolução
Francesa é necessário conhecer um pouco da situação econômica e social da
França do século XVIII.
Até o século XVIII, a França era
um estado em que vigia o modelo do absolutismo
monárquico. O então rei francês, Luís XVI, personificava o Estado,
reunindo em sua pessoa os poderes legislativo, executivo e judiciário. Os
franceses então não eram cidadãos de um Estado Democrático Constitucional, como
hoje é comum em todo o mundo ocidental, mas eram súditos do rei. O rei
personificava o Estado.
Dentro da estrutura do Estado
Absolutista, havia três diferentes estados nos quais a população se enquadrava:
o primeiro estado era representado pelos bispos do Alto Clero; o segundo estado
tinha como representantes a nobreza, ou a aristocracia francesa – que
desempenhava funções militares (nobreza de espada) ou
funções jurídicas (nobreza de toga); o terceiro estado, por sua vez, era
representado pela burguesia, que se dividia entre membros do Baixo Clero,
comerciantes, banqueiros, empresários, os sans-cullotes (“sem
calções”), trabalhadores urbanos, e os camponeses, totalizando cerca de 97% da
população.
Ao logo da segunda metade do
século XVIII, a França se envolveu em inúmeras guerras, como a Guerra do Sete
Anos (1756-1763), contra a Inglaterra, e o auxílio dado aos Estados Unidos
na Guerra
de Independência (1776). Ao mesmo tempo, a Corte absolutista francesa,
que possuía um alto custo de vida, era financiada pelo estado, que, por sua
vez, já gastava bastante seu orçamento com a burocracia que o mantinha em
funcionamento. Soma-se a essa atmosfera duas crises que a França teria que
enfrentar: 1) uma crise no campo, em razão das péssimas colheitas das décadas
de 1770 e 1780, o que gerou uma inflação 62%; e 2) uma crise financeira,
derivada da dívida pública que se acumulava, sobretudo pela falta de
modernização econômica – principalmente a falta de investimento no setor
industrial.
Os membros do terceiro estado
(muitos deles influenciados pelo pensamento
iluminista e pelos panfletos que propagavam as ideias de liberdade e
igualdade, disseminados entre a população) passaram a ser os mais afetados pela
crise. No fim da década de 1780, a burguesia, os trabalhadores urbanos e os
camponeses começaram a exigir uma resposta do rei e da Corte à crise que os
afetava, bem como passaram a reivindicar direitos mais amplos e maior
representação dentro da estrutura política francesa. Em julho de 1788, houve a
convocação dos Estados Gerais, isto é, uma reunião para deliberação sobre
assuntos relacionados à situação política da França. Nessa convocação, o
conflito entre os interesses do terceiro estado e os da nobreza e do Alto
Clero, que apoiavam o rei, se acirraram. O rei então estabeleceu a Assembleia
dos Estados Gerais em 5 de maio de 1789, com o objetivo de decidir pelo voto os
rumos do país. Entretanto, os votos eram por representação de estado. Sendo
assim, sempre o resultado seria dois votos contra um, ou seja: primeiro e
segundo estados contra o terceiro. Fato que despertou a indignação de burgueses
e trabalhadores.
A burguesia, que liderava o
terceiro estado, propôs em 10 de junho uma Assembleia Nacional, isto é, uma
assembleia para se formular uma nova constituição para a França. Essa proposta
não obteve resposta por parte do rei, da nobreza e do Alto Clero. Em 17 de
junho, burgueses, trabalhadores e demais membros do terceiro estado se
declararam em reunião para formulação de uma constituição, mesmo sem a resposta
do primeiro e do segundo estado. Ao mesmo tempo, começava um levante popular em
Paris e outro entre os camponeses. A Revolução se iniciou.
Em 14 de julho de 1789, a
massa de populares tomou a Bastilha, a prisão que era símbolo do
Antigo Regime e, em 4 de agosto, a Assembleia Nacional instituiu uma série de
decretos que, dentre outras coisas, cortava os privilégios da nobreza, como a
isenção de impostos e o monopólio sobre terras cultiváveis. A Assembleia
institui a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, que reivindicava a
condição de cidadãos aos franceses e não mais de súditos do rei. Em setembro de
1791 foi promulgada a nova constituição francesa, assegurando a cidadania para
todos e pressionando o monarca Luís XVI a aceitar os seus critérios. Essa
constituição previa ainda a igualdade de todos perante a lei, o voto
censitário, a confiscação das terras eclesiásticas, o fim do dízimo, a
constituição civil do clero, detre outros pontos. A partir deste momento, a
França revolucionária esboçou o seu primeiro tipo de novo governo, a Monarquia
Constitucional, que durou de 1791 a 1792.
A ala mais radical da Revolução,
os jacobinos (que haviam participado da Assembleia Constituinte, sentando-se à
esquerda do plenário e opondo-se aos girondinos que se posicionavam à direita),
defendiam uma ampliação da perspectiva revolucionária, cuja proposta era não se
submeter às decisões da alta burguesia, que se articulava com a nobreza e o
monarca. Os jacobinos queriam radicalizar a pressão contra os nobres e o clero,
e instituir uma República Revolucionária, sem nenhum resquício da Monarquia.
Prevendo a ameaça que vinha dos
rumos que a Revolução tomava, o rei Luís XVI articulou um levante
contrarrevolucionário com o apoio das monarquia austríaca e prussiana. Em 1792,
a Áustria invadiu a França e essa declarou guerra àquela. A população
parisiense, após saber dos planos do rei, invadiu o palácio real de Tulleries e
prendeu o rei e sua família. O Rei e sua esposa, Maria Antonieta, tiveram suas
cabeças decepadas pela guilhotina em 1793 e a Monarquia Constitucional chegou
ao seu fim no mesmo ano.
Com o fim da Monarquia
Constitucional, houve também a dissolução da Assembleia Constituinte e a Convenção Nacional
de um novo parlamento. O período da convenção se caracterizou pela forte
presença do radicalismo jacobino comandando a Revolução, momento que se tornou
conhecido como a fase do Terror (sobretudo por conta do uso
indiscriminado da guilhotina como máquina da morte). Nomes como Robespierre,
Saint-Just e Danton figuram entre os principais líderes jacobinos. Foi neste
período também que a Áustria e Prússia prosseguiram sua guerra contra a França,
temendo que a Revolução se espalhasse por seus territórios. No processo de
confronto contra essas duas monarquias, nasceu o exército nacional francês,
isto é: um exército que, pela primeira vez, não era composto de mercenários e
aristocratas, mas do povo de uma nação que se via como nação.
Em 1795, a burguesia conseguiu
retomar o poder e, através de uma nova constituição, instituir uma nova fase à
Revolução, chamada o Diretório, órgão composto por cinco membros
indicados pelos deputados. Mas a partir deste mesmo ano a crise social se
tornou muito ampla na França, o que exigiu um contorno político mais eficaz,
sob pena da volta da radicalização jacobina.
Um dos mais jovens e destacados
generais da Revolução, Napoleão
Bonaparte, era o nome esperado pela burguesia para dar ordem à situação
política francesa. Em 1799, ao regressar do Egito à França, Napoleão encontrou
um cenário conspiratório contra o governo do Diretório. Foi neste cenário que
ele passou a figurar como ditador, inicialmente, dando o golpe de 18 de
Brumário (segundo o calendário revolucionário), e depois como imperador da
França. O Período Napoleônico durou de 1800 a 1815 e mudou o cenário político
do continente europeu, ao passo que expandiu o ideal nacionalista para várias
regiões do mundo.
COPIE AS ATIVIDADES
EM SEU CADERNO
ATIVIDADES
1.A Revolução Francesa iniciou-se em 1789 e estendeu-se até
1799, quando Napoleão Bonaparte assumiu o poder da França com o Golpe de 18 de
Brumário. Esse acontecimento foi influenciado pelos ideais do:
a) Romantismo
b) Iluminismo
c) Socialismo
d) Anarquismo
2.Em 1789, o quadro da sociedade francesa era de intensa
crise econômica e de grande convulsão social. O rei francês, como saída para a
crise, optou por convocar os Estados Gerais. Selecione a alternativa que
descreve corretamente do que se trata os Estados Gerais:
a) uma assembleia convocada em momentos de crise que reunia
os representantes dos três estados (classes) para debater soluções.
b) era realizada uma assembleia em que os membros da nobreza
francesa reuniam-se em Versalhes durante uma semana para escolher novos
burocratas para o país.
c) era a destituição imediata de todos os ministros da
nação.
d) a convocação dos grandes representantes da Igreja na
França para que aconselhassem o rei a tomar decisões.
e) um imposto emergencial e compulsório que era convocado em
momentos de grande crise. A população obrigatoriamente deveria fornecer uma
contribuição extra para os cofres reais.
3.A Revolução Francesa estourou em 1789 e foi consequência
de uma grande crise econômica e da intensa exploração que nobreza e clero
exerciam sobre o povo. Quando o movimento iniciou-se, a ação do povo logo se
voltou contra a nobreza e, em especial, contra o rei e seu estilo de vida
luxuoso. O rei francês durante a revolução era:
a) Luís XIV
b) Luís XV
c) Luís XVI
d) Luís XVII
e) Luís XVIII
4.Grande parte dos acontecimentos e das grandes decisões
tomadas durante a Revolução Francesa foram realizados pelo povo, a massa
formada principalmente de camponeses. Além do povo, outra classe que teve
grande peso com o deflagrar da Revolução e sua condução foi:
a) a burguesia.
b) a nobreza.
c) o clero.
d) os vassalos.
e) nenhuma das respostas acima.
5.Como estava a situação da França antes da Revolução?
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Após ouvir com muita atenção os vídeos e ler o texto copiam e respondam as questões, enviem para meu privado.
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