Data: 17/08/2020 - Professora: Fabiana Rodrigues - Disciplina: Língua portuguesa - Conteúdo: Interpretação de texto, produção de texto: Narrativas de aventura.

  "Tenha em mente que tudo que você aprende na escola é trabalho de muitas gerações. Receba essa herança, honre-a,acrescente a ela e, um dia,fielmente,deposite-a nas mãos de seus filhos".(Albert Einstein)                                                                                                              

     Bom dia! Prezados alunos iniciamos hoje o terceiro bimestre de nossas aulas remotas,faço votos de encontrá-los com saúde e disposição para os estudos,sei que todos preferem estar juntos  em sala de aula mas, no momento isso não é possível,então, façamos o melhor nesse momento!                                                                                                                                              Orientações:                                                                    *Houve algumas modificações em nossos conteúdos,agora teremos uma semana interpretação de texto e produção de texto e na outra semana gramática e livro literário.

              *Leia com atenção as orientações deixadas antes de cada atividade,faça cabeçalho completo com letra legível.

         *Tire as dúvidas antes de responder as atividades no grupo, pois, a dúvida de um pode ser de outro também

         *Envie as atividades no particular dentro do horário de aula, ou seja, das 07:00 ás 11:00 E das 13:00 ás 17;00. 

         Leia o texto abaixo e a seguir copie a interpretação e responda.

A origem da personagem Robinson Crusoé

e sua primeira aventura

 

             [...] Meu pai, já muito idoso, não me deixara na ignorância; pessoalmente deu-me a educação que pôde e, além disso, mandou-me a uma escola pública rural. Destinava-me ao curso de leis, mas a minha vocação era outra. Dominava-me unicamente o desejo de viajar por mar, e tinha essa inclinação tão arraigada contra a vontade e ordens de meu pai, e era tão surdo às admoestações e insistentes rogos da minha mãe, que parecia que uma espécie de fatalidade me arrastava misteriosamente para o estado de sofrimento e miséria em que mais tarde havia de cair. Meu pai, homem circunspecto e prudente, deu-me excelentes conselhos para me dissuadir dos projetos por que me via entusiasmado. Uma manhã chamou-me ao seu quarto, onde a gota o prendia; e falou-me asperamente acerca desse assunto. Perguntou-me que razões eu tinha, ou antes que louco desejo era o meu de abandonar a casa paterna e a pátria, onde podia gozar de todas as proteções, além da esperança de aumentar os haveres da família com a minha aplicação e trabalho, e isso passando uma vida tranquila e agradável.

             Ponderou-me que para tentarem grandes empresas e irem por esse mundo afora procurar aventuras, para se elevarem e se tornarem célebres por caminhos pouco trilhados, só eram aptas duas categorias de pessoas, as que não têm bens nem recursos de espécie alguma e as que pertencem às classes superiores e distintas; – que esse intento ia muito além de minhas forças, pois pertencia à classe média, ou quando muito ao primeiro grau da vida burguesa; – que por sua longa experiência havia reconhecido que essa situação era a melhor de todas, a que estava mais ao alcance da felicidade humana, isenta das misérias, dos trabalhos e sofrimentos da classe operária e ao mesmo tempo inacessível ao luxo, ao orgulho, à ambição e inveja dos grandes da terra. [...]

          Foram na verdade bem proféticas as advertências de meu pai, embora naquele momento me parecesse que não lhes dava esse valor. Ao terminar, notei que as lágrimas lhe corriam em abundância pelo rosto, principalmente quando se referiu à morte de meu irmão. E também quando me disse que lá viria tempo em que me arrependeria, sem ter ninguém que me valesse, estava tão comovido, que não pôde continuar, confessando que lhe faltava o ânimo.

          Fiquei deveras sensibilizado com tão afetuoso discurso, a ponto de tomar a resolução de não ir viajar, e estabelecer-me em York, obtemperando assim às intenções e desejos de meu pai [...]

 DEFOE, Daniel. As aventuras de Robinson Crusoé. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005.

                            Interpretação de texto

1) De que maneira o pai julgava a atitude do personagem Robinson Crusoé de querer se aventurar mundo afora?

2) A linguagem empregada pelo narrador é formal ou informal? Justifique sua resposta com exemplos extraídos do texto.

3) O que você imagina que vai acontecer nessa história? Robinson Crusoé vai desistir de se aventurar? Por que você acha isso


Em seu caderno de produção de texto copie o conceito de narrativas de aventura.

Produção de Texto 

          Até aqui, você leu e ouviu trechos de um romance em quer o personagem principal sai do ambiente familiar e se abre para a aventura e a descoberta. Essa atitude é típica dos personagens das narrativas de aventura. Nelas, um dos temas mais frequentes é a viagem, durante a qual uma série de obstáculos e perigos desafia a coragem e as habilidades humanas do aventureiro.

          As narrativas de aventura enfatizam menos o personagem e mais as ações realizadas pelo protagonista. Nessas narrativas, o personagem costuma apresentar o objetivo da aventura logo no início da história. As dificuldades relatadas por ele decorrem da situação inicial.

          Observe os elementos que costumam estar presentes nessas histórias:

·       Viagens por mar, terra ou ar.

·       Referências à cultura do país de origem das personagens.

·       Piratas e marujos.

·       Lutas e batalhas.

·       Muitos verbos de ação.

          Outra característica dessas narrativas é que o tempo histórico dá lugar ao tempo da aventura: a sequência é mencionada dentro dos acontecimentos, pontualmente.

          Releia este trecho, extraído da obra As aventuras de Robinson Crusoé:

          “[...] A cada momento contava que as ondas nos engolissem, e cada vez que o navio metia a proa, receava que fosse até o fundo para não mais se levantar. Nomeio dessa angústia fiz promessas repetidas de que se Deus me salvasse dessa viagem, e eu chegasse a pôr pé em terra, não voltaria em toda a vida a entrar em navios para não me expor a idênticos desastres; [...]”

          Além das narrativas de aventura, há outros tipos de narrativas como as narrativas fantásticas e as narrativas de enigma. Procure conhecer outros exemplos de histórias com características semelhantes a essas.


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